Divina Misericórdia
- Suzana Sás
- 11 de jan.
- 3 min de leitura

"Sede misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso." (Lucas 6:36)
Divina Misericórdia é um conceito que simboliza a infinita bondade e o amor incondicional que Deus nutre por toda a humanidade.
Esta devoção especial foi amplamente divulgada pela Santa Faustina Kowalska, uma religiosa polonesa que recebeu profundas revelações sobre o caráter misericordioso de Deus e suas promessas de perdão e salvação.
Através de seu Diário, (um livro no qual a religiosa relata sua experiência da misericórdia – relatos feitos, mais especificamente, nos seus últimos quatro anos de vida, entre 1934 e 1938), Santa Faustina enfatizou a importância de confiar na misericórdia divina, especialmente em momentos de dificuldade e desespero, encorajando os fiéis a buscarem refúgio nesse amor infinito.
Ela anotava tudo em pequenas fichas e, depois, em cadernos que a madre superiora lhe comprava. Por influência de um pretenso anjo, Santa Faustina termina queimando seu primeiro caderno de anotações e, logo depois, esse “anjo” se revela como o demônio. Por isso, suas anotações no Diário não aparecem em ordem cronológica, pois precisou reescrever o caderno que havia queimado. Recomeçou anotando as lembranças do que já havia acontecido entrelaçando fatos novos de suas vivências espirituais. Em suas anotações, estão registrados o pedido de Jesus para que se pintasse uma Imagem como ela O via e que essa Imagem fosse venerada por todos; que houvesse a Festa da Misericórdia; que se rezasse o terço da misericórdia como Ele a havia ensinado; e grandes promessas àqueles que divulgassem a misericórdia divina e praticassem essas formas de viver a misericórdia.
Depois de atravessar pela “noite escura” (momentos de profundo desamparo espiritual, nos quais a fé é posta à prova) das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22 de fevereiro de 1931, na cidade de Łódz, o próprio Senhor Jesus Cristo se manifestou à Irmã Faustina de um modo particular. Ela descreve esta visão:
“Da túnica entreaberta sobre o peito, saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (…) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (D. 47).

Por meio desta apóstola da Misericórdia Jesus prometeu:
Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia; derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão total das culpas e das penas. [...] Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha Misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha Misericórdia. Toda alma contemplará em relação a Mim, por toda a eternidade, o Meu amor e a Minha Misericórdia. [...] A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha Misericórdia.
— Diário 699
A festa da Divina misericórdia é celebrada de maneira especial no Segundo Domingo da Páscoa, um dia em que os católicos se reúnem em comunidade para meditar sobre o perdão, a esperança e a transformação que a misericórdia de Deus pode trazer para a vida de todos.