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Nossa Senhora das Lágrimas

  • Foto do escritor: Suzana Sás
    Suzana Sás
  • 9 de mar. de 2023
  • 6 min de leitura

Atualizado: 11 de dez. de 2024


Imagem de Nossa Senhora das Lágrimas
Nossa Senhora das Lágrimas. Imagem: Aparições de Jesus e Maria.

Na Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado (que foi fundada, no Brasil, por Monsenhor Dom Francisco de Campos Barreto, Bispo de Campinas, e Madre Maria Villac) viveu uma piedosa religiosa de nome Irmã Amália de Jesus Flagelado (no batismo, Amalia Aguirre). Tal como outras almas privilegiadas – São Francisco de Assis, Padre Pio de Pietrelcina e Teresa Neumann –, ela recebeu em seu corpo os sagrados Estigmas de Jesus. Amália Aguirre nasceu em Riós, na Galiza, junto à fronteira de Espanha-Portugal, a 22 de julho de 1901. Pertenceu a uma família antiga, de longa tradição cristã, e seus pais eram admirados pela santidade de costumes, pela fervorosa piedade e sua inesgotável caridade para com o próximo. As circunstâncias econômicas e os planos de Deus obrigaram seus pais a deixar a Espanha e a emigrar para o Brasil, cuja língua – o português – lhes era bem conhecida e também permitia comunicar e trabalhar sem dificuldades. Primeiramente estiveram no Estado da Bahia, mas depois se mudaram para o Estado de São Paulo, para a cidade de Campinas. Inicialmente a jovem Amália não foi com seus pais para o Brasil e ficou a cuidar de sua avó, já muito idosa e doente, que precisava de companhia. Somente após a morte de sua avó é que atravessou o oceano Atlântico, tendo chegado a Campinas-SP no dia 16 de junho de 1919. Em sua pátria natal, já tinha recebido algumas manifestações prodigiosas de Jesus e da Virgem Maria, mas Amália guardava tudo em segredo no seu coração. A Irmã Amália de Jesus Flagelado pertenceu ao primeiro grupo de jovens freiras, co-fundadoras da Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, que, no dia 8 de dezembro de 1927, receberam o hábito religioso e que fizeram seus votos perpétuos a 8 de dezembro de 1931. No outono de 1929, um parente de Irmã Amália apareceu no convento. Ele estava em grande angústia: sua esposa estava gravemente doente e vários médicos lhe declararam que já não havia nenhum remédio que pudesse salvá-la. Ele não sabia mais o que fazer, nem sabia o que Deus esperava dele. Por esse motivo, a Irmã Amália era sua última esperança. Desesperadamente, com uma dor profunda e rompendo em lágrimas, o pobre homem interrogou: "O que vai ser então dos meus filhos?". O coração de Irmã Amália sofreu com a aflição desse seu parente e suas inclinações inatas levaram-na imediatamente a querer ajudá-lo de todas as formas possíveis. Assim, enquanto seu parente lhe contava sua triste história, a Irmã Amália rezava interiormente ao nosso Divino Redentor, em profunda reflexão, enquanto pensava com uma mesma intensidade sobre o que poderia oferecer ou fazer. Enquanto escutava seu parente e sua própria alma, a Irmã Amália sentiu um impulso interior que parecia chamá-la a ir ter com Jesus presente no Sacrário. Quando terminou o encontro com seu parente, ela respondeu fiel e rapidamente a essa voz que soava em seu coração. A Irmã Amália foi para a capela do convento onde se pôs de joelhos diante do altar e, de braços abertos, disse a Jesus Sacramentado: - "Se já não há salvação para a mulher de T., eu mesma estou disposta a oferecer a minha vida pela mãe desta família. Que quereis que eu faça?". Nesse momento, Jesus se manifestou e respondeu: - "Se deseja obter essa graça, peça-a a Mim pelos merecimentos das Lágrimas de Minha Mãe." Perguntou a Irmã Amália: - "Como devo eu rezar?" Foi então que Jesus ensinou as seguintes invocações: - "Meu Jesus, ouvi os nossos rogos, pelas Lágrimas de Vossa Mãe Santíssima." - "Vêde, ó Jesus, que são as lágrimas d'Aquela que mais Vos amou na Terra, e que mais Vos ama no Céu." No final, Nosso Senhor acrescentou uma grande e prodigiosa promessa: - "Minha filha: o que os homens Me pedem pelas lágrimas de Minha Mãe, Eu amorosamente concedo”. Mais tarde, Minha Mãe entregará este tesouro para o nosso querido Instituto, como um sinal de Sua Misericórdia. Isto aconteceu no dia 8 de novembro de 1929. No dia 8 de março de 1930, a Irmã Amália de Jesus Flagelado estava a rezar na capela do convento, de joelhos, nos degraus do altar, quando, inesperadamente, se sentiu como que elevada para o Alto. Em seguida lhe apareceu Nossa Senhora das Lágrimas, que se apresentou com uma túnica violeta, um manto azul e um véu branco que cobria Seu peito e ombros. Com um sorriso se aproximou de Irmã Amália, segurando em Suas mãos um rosário a que Ela mesma chamou de «Coroa». As suas contas brilhavam como o Sol e eram brancas como a neve. No dia 28 de novembro de 1931, Nossa Senhora apareceu à irmã Amália Aguirre e explicou-lhe o significado de sua postura e de suas vestes. MANTO AZUL Nossa Senhora disse: "Missionária que me fitas, já compreendeste bem o significado das cores como a ti me apresentei? Se não compreendeste bem, desejo que bem o compreendas; por isso vou hoje te mostrar o que deves pensar, quando diante de minha imagem estiveres. Por que me apresentei a ti com um manto azul? Para que, cada vez que me fitares, quando exausta pelos trabalhos carregada com e a cruz das tribulações, te lembres do Céus, recompensa infinita que te dará gozo eterno [...]". TÚNICA ROXO-VIOLETA "Nas cores com que me apresentei ao pombal (nome carinhoso que Nossa Senhora dava ao instituto das Missionárias), o roxo significa dor. Depois de terem golpeado barbaramente o corpo Santíssimo de Jesus, ficou todo arroxeado, o qual causava dor. Meu coração de Mãe, vendo Jesus, o Divino Filho, em tão lastimoso estado, também ficou roxo de dor, é minha alma dilacerada pela dor! Portanto, amada missionária, minha túnica roxa deve te lembrar quanto eu sofri e qual a causa de meus sofrimentos! Além disso, deves também te lembrar que minha túnica roxa, cor de violeta, te diz quanto amei a virtude, alicerce de toda a santidade, a humildade". VÉU BRANCO "Branco significa pureza, e, sendo Eu a brava Açucena da Santíssima Trindade, não podia deixar de me apresentar sem esta alvura que extasia o próprio Deus, pelo que os anjos me chamam predileta Açucena dá Santíssima Trindade [...]. Apresentei-me ao Pombal não somente com a cabeça coberta de branco, mas, sim, também o peito. Que quer isso dizer? Quer isso dizer que no peito reside o coração, do qual nascem as paixões depravadas! Portanto, apresentando-me com o peito envolvido em tal brancura, digo-te que teu coração deve estar sempre envolvido dessa brancura celeste, que te dará felicidade de a Santíssima Trindade". Seres a morada da Santíssima Trindade. COROA DE BRANCAS PÉROLAS "Vou neste momento explicar-te que em minhas mãos trazia umas contas mais alvas do que a neve. Desejando, amada missionária, que aproveites das lições destas brancas pérolas, vou te explicar seu significado. Quando a meus pés vieres, para receberes força e me fitares, vendo em minhas mãos esta coroa, lembra-te o que ela te diz: Misericórdia, Amor e Dor! [...] Eu sou a Mãe da Divina Misericórdia e choro ante o Filho, os pecados de todos os homens. A meu Filho me apresento, dizendo- lhe: meu Filho, tem compaixão deste outro filho. Portanto, sou a Mãe de Misericórdia; pois esta Coroa em minhas mãos deve te lembrar que sempre estou intercedendo diante do trono do Altíssimo pelos pobres pecadores." O SORRISO E A CABEÇA BAIXA Nossa Senhora explicou à Irmã Amália que apesar de fazer referências às duas dores e lágrimas, apareceu-lhe com um doce sorriso para expressar a entrega de um tesouro: o fruto de suas dores e lágrimas para seus filhos a fim de que estes se aproveitem disso para a própria salvação. Na sequência, a Santíssima Virgem explicou que seu olhar baixo expressa sua compaixão pelos seus filhos e indica que seus olhos estão sempre voltados para as penas e aflições da humanidade.


Fonte: O Espírito Santo



(*) Aprovações eclesiásticas:

• Imprimatur: † Bispo Francisco de Campos Barreto, Diocese de Campinas, SP (Brasil), 8 de março de 1931

•Imprimatur: † Bispo Michael James Gallagher, Diocese de Detroit, MI (Estados Unidos), 22 de março de 1935

•Imprimatur: † Arcebispo John Robert Roach, D.D., Arquidiocese de Saint Paul e Minneapolis, MN (Estados Unidos)

•Nihil obstat N.º 924/1935: Ansgarus Borsiczky, Censor Diocesano em Sopron (Hungria), 25 de maio de 1935

•Imprimatur: † Bispo Stephanus Breyer, Diocese de Győr (Hungria), 13 de julho de 1935

•Imprimatur: † Vigário Geral Ferdinand Buchwieser, Arquidiocese de Munique e Frisinga (Alemanha), 22 de março de 1935

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