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São João Batista

  • Foto do escritor: Suzana Sás
    Suzana Sás
  • 24 de jun. de 2024
  • 4 min de leitura

Atualizado: 11 de dez. de 2024

imagem de São João Batista batizando Jesus Cristo no rio Jordão.
São João Batista. Imagem: Fraternidade Irmãos de Francisco.

São João Batista, primo de Jesus, nasceu em Aim Karim, cidade de Israel que fica a 6 quilômetros do centro de Jerusalém. Sua mãe Santa Isabel, era prima de Maria Mãe de Jesus. São João Batista foi consagrado a Deus desde o ventre materno.

São João Batista é o primeiro mártir da Igreja e o último dos profetas. Sua festa é celebrada no dia 24 de junho – solenidade da Natividade de São João. Em sua missão, ele pregou a conversão e o arrependimento dos pecados manifestos através do batismo. João batizava o povo, daí o nome João Batista, ou seja, João aquele que batiza.

Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Batista. Ele é anunciado por Malaquias e principalmente por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio do Batista e é com ele que a missão profética atingiu sua plenitude.

Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.


Nascimento milagroso

A mãe de João Batista, Santa Isabel, era idosa e nunca tinha engravidado. Todos a tinham como estéril. Mas, então, o anjo Gabriel apareceu a Zacarias, quando este prestava seu serviço de sacerdote no templo, anunciou que Isabel teria um filho e que este deveria se chamar João. Zacarias não acreditou e ficou mudo. Pouco tempo depois, Isabel engravidou como o Anjo havia dito.

Depois disso, Maria foi visitar Isabel. Ora quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre ! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite ?" (Lc 1:41-43). Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Batista como precursor de Cristo.


Vida no deserto

Quando São João Batista ficou adulto, percebeu que chegara sua hora. Então, foi morar no deserto para rezar, fazer sacrifícios e pregar para que as pessoas se arrependessem. Vivendo uma vida extremamente difícil e com muita oração, passou a ser conhecido como profeta, homem enviado por Deus. Batizava a todos que se arrependiam e multidões sempre viam suas pregações no rio Jordão.

Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas imediatamente retruca: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3, 28) e "não sou digno de desatar a correia de sua sandália." (Jo 1,27).


Batismo de Jesus

"Naqueles dias, Jesus foi da Galileia até o rio Jordão a fim de ser batizado por João Batista. Mas João tentou convencê-lo a mudar de ideia, dizendo assim:

— Eu é que preciso ser batizado por você, e você está querendo que eu o batize?

Mas Jesus respondeu:

— Deixe que seja assim agora, pois é dessa maneira que faremos tudo o que Deus quer.

E João concordou. 

Logo que foi batizado, Jesus saiu da água. O céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre ele.

E do céu veio uma voz, que disse:

— Este é o meu Filho querido, que me dá muita alegria!" (Mateus 3:13-17)


Prisão e morte de João Batista

Nas pregações, São João não poupava o rei local, Herodes Antipas. Denunciava a vida adúltera do rei que tinha se unido a Herodíades, sua cunhada, e também a vida desregrada em seu governo. São Marcos, em seu evangelho, narra que Salomé, filha de Herodíades, dançou para Herodes. O rei ficou deslumbrado com ela e disse que daria tudo o que lhe pedisse. Então Salomé fala com sua mãe e pede a cabeça de São João Batista numa bandeja. O corpo de João foi, segundo Marcos, enterrado por seus discípulos.


Origem das festas juninas

Na cultura popular brasileira, as festas juninas valorizam tradições locais e também revelam elementos históricos e religiosos bastante curiosos. As festas seguem o calendário litúrgico da Igreja – na transição da Idade Antiga para a Idade Média – acabou por substituir os rituais dedicados aos deuses médio-orientais, gregos, romanos e nórdicos por festas dedicadas aos santos.


Tradição da fogueira

Da história de São João, a cultura popular europeia retirou vários símbolos que passaram a se mesclar com os tradicionais ritos de colheita. A fogueira, característica das festas de São João, tem fundamento na história do nascimento de João Batista. A fogueira era um sinal de Santa Isabel para Maria, mãe de Jesus.


Conta-se que Nossa Senhora perguntou a Santa Isabel como poderia saber do nascimento do menino, ao que Isabel respondeu: – Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que João nasceu. Mandarei também erguer um mastro com uma boneca sobre ele. Santa Isabel cumpriu a promessa. Certo dia Nossa Senhora viu ao longe uma fumaça e depois chamas vermelhas. Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista.

No Brasil, a prática do acendimento da fogueira na noite de 23 para 24 de junho foi trazida pelos jesuítas. Com o tempo foi associada a outras tradições populares, como o forrobodó africano (espécie de dança de arrasta-pé), que daria no forró, e a quadrilha caipira, que herdou elementos de bailes populares da Europa – palavras como “anarriê”, “alavantú” e “balancê”, por exemplo, são adaptações de termos de bailes populares da França.


 

Oração de São João Batista

São João Batista, voz que clama no deserto: Endireitai os caminhos do Senhor… fazei penitência, porque no meio de vós está quem não conheceis e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias, ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira os pecados do mundo.

São João, pregador da penitência, rogai por nós.

São João, precursor do Messias, rogai por nós.

São João, alegria do povo, rogai por nós.


Fonte: Arquidiocese de Sorocaba

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