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São Padre Pio de Pietrelcina

  • Foto do escritor: Suzana Sás
    Suzana Sás
  • 23 de set. de 2024
  • 7 min de leitura

Atualizado: 11 de dez. de 2024

imagem do Padre Pio de Pietrelcina
São Pio de Pietrelcina. Imagem: Associação Regina Fidei

‘Quanto a mim, Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo’ (Gál 6, 14).

 

Tal como o apóstolo Paulo, o padre Pio de Pietrelcina colocou, no vértice da sua vida e do seu apostolado, a Cruz do seu Senhor como sua força, sabedoria e glória. Abrasado de amor por Jesus Cristo, com Ele se configurou, imolando-se pela salvação do mundo. Foi tão generoso e perfeito no seguimento e imitação de Cristo Crucificado, que poderia ter dito: “Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gál 2, 19). E os tesouros de graça que Deus lhe concedera com singular abundância, dispensou-os ele incessantemente com o seu ministério, servindo os homens e mulheres que a ele acorriam em número sempre maior e gerando uma multidão de filhos e filhas espirituais.

Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, na Arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi batizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu os sacramentos do Crisma e a Primeira Comunhão quando tinha 12 anos.

Aos 16 anos, no dia 6 de janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, no dia 27 de janeiro de 1907, a dos votos solenes.

Depois da ordenação sacerdotal, recebida no dia 10 de agosto de 1910 em Benevento, precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em setembro desse ano de 1916, foi mandado para o Convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte.

Abrasado pelo amor de Deus e do próximo, o Padre Pio viveu em plenitude a vocação de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão especial que caracterizou toda a sua vida e que ele cumpriu através da direção espiritual dos fiéis, da reconciliação sacramental dos penitentes e da celebração da Eucaristia. O momento mais alto da sua atividade apostólica era aquele em que celebrava a Santa Missa. Os fiéis, que nela participavam, pressentiam o ponto mais alto e a plenitude da sua espiritualidade.

No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar os sofrimentos e misérias de tantas famílias, principalmente com a fundação da “Casa Sollievo della Sofferenza” (Casa Alívio do Sofrimento), que foi inaugurada no dia 5 de maio de 1956.

Para o Padre Pio, a fé era a vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se assiduamente na oração. Passava o dia e grande parte da noite em colóquio com Deus. Dizia: “Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-Lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus”. A fé levou-o a aceitar sempre a vontade misteriosa de Deus.

Viveu imerso nas realidades sobrenaturais. Não só era o homem da esperança e da confiança total em Deus, mas, com as palavras e o exemplo, infundia estas virtudes em todos aqueles que se aproximavam dele. O amor de Deus inundava-o, saciando todos os seus anseios; a caridade era o princípio inspirador do seu dia: amar a Deus e fazê-Lo amar. A sua particular preocupação: crescer e fazer crescer na caridade.

A máxima expressão da sua caridade para com o próximo vermo-la no acolhimento prestado por ele, durante mais de 50 anos, às inúmeras pessoas que acorriam ao seu ministério e ao seu confessionário, ao seu conselho e ao seu conforto. Parecia um assédio: procuravam-no na igreja, na sacristia, no convento. E ele prestava-se a todos, fazendo renascer a fé, espalhando a graça, iluminando. Mas, sobretudo, nos pobres, atribulados e doentes, ele via a imagem de Cristo e a eles se entregava de modo especial.

Exerceu de modo exemplar a virtude da prudência; agia e aconselhava à luz de Deus.

O seu interesse era a glória de Deus e o bem das almas. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.

Nele refulgiu a virtude da fortaleza. Bem cedo, compreendeu que o seu caminho haveria de ser o da Cruz, e, logo, o aceitou com coragem e por amor. Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma. Ao longo de cinquenta anos, suportou, com serenidade admirável, as dores das suas chagas.

Quando o seu serviço sacerdotal esteve submetido a investigações, sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Frente a acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência.

Recorreu habitualmente à mortificação para conseguir a virtude da temperança, conforme o estilo franciscano. Era temperante na mentalidade e no modo de viver.

Consciente dos compromissos assumidos com a vida consagrada, observou com generosidade os votos professados. Foi obediente em tudo às ordens dos seus superiores, mesmo quando eram gravosas. A sua obediência era sobrenatural na intenção, universal na extensão e integral no cumprimento. Exercitou o espírito de pobreza, com total desapego de si próprio, dos bens terrenos, das comodidades e das honrarias. Sempre teve uma grande predileção pela virtude da castidade. O seu comportamento era, em todo o lado e para com todos, modesto.

Considerava-se sinceramente inútil, indigno dos dons de Deus, cheio de misérias e, ao mesmo tempo, de favores divinos. No meio de tanta admiração do mundo, ele repetia: “Quero ser apenas um pobre frade que reza”.

Desde a juventude, a sua saúde não foi muito brilhante e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. A irmã morte levou-o, preparado e sereno, no dia 23 de setembro de 1968; tinha ele 81 anos de idade. O seu funeral caracterizou-se por uma afluência absolutamente extraordinária de gente.

No dia 20 de fevereiro de 1971, apenas três anos depois da morte do Padre Pio, Paulo VI, dirigindo-se aos superiores da Ordem dos Capuchinhos, disse dele: “Olhai a fama que alcançou, quantos devotos do mundo inteiro se reúnem ao seu redor! Mas por quê? Por ser talvez um filósofo? Por ser um sábio? Por ter muitos meios à sua disposição? Não! Porque celebrava a missa humildemente, confessava de manhã até à noite e era – como dizê-lo?! – a imagem impressa dos estigmas de Nosso Senhor. Era um homem de oração e de sofrimento”.

Já gozava de larga fama de santidade durante a sua vida, devido às suas virtudes, ao seu espírito de oração, de sacrifício e de dedicação total ao bem das almas.


Estigmas

Os estigmas são as chagas que Cristo sofreu na crucificação – duas nos pés, duas nas mãos e uma no lado –, que apareceram em alguns místicos.

Embora os estigmas sejam feridas, o ponto de vista médico difere dessa definição, pois não cicatrizam, nem sequer quando são curadas; não infeccionam nem se decompõe, não degeneram em necrose, não têm cheiro ruim, e sangram constantemente e abundantemente.

Os estigmas, além disso, são a reprodução exata das chagas de Jesus, de acordo com os estudos do Santo Sudário que, segundo a tradição, teria envolvido o corpo de Cristo.

Para reconhecer os estigmas como válidos ou reais, a Igreja exige algumas condições precisas: todos devem aparecer ao mesmo tempo, devem provocar uma modificação importante nos tecidos, devem se manter inalterados e devem carecer de infecções ou cicatrizações.


Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo e em todas as categorias de pessoas.

Assim Deus manifestava à Igreja a vontade de glorificar na terra o seu Servo fiel. Não tinha ainda passado muito tempo quando a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos empreendeu os passos previstos na lei canônica para dar início à causa de beatificação e canonização.

No dia 18 de dezembro de 1997, foi promulgado o decreto sobre a heroicidade das virtudes. Para a beatificação do Padre Pio, a Postulação apresentou ao Dicastério competente a cura da senhora Consiglia de Martino, de Salerno. O decreto sobre o milagre foi promulgado, na presença do Papa São João Paulo II, no dia 21 de dezembro de 1998.

No dia 2 de maio de 1999, durante uma solene celebração eucarística na Praça de São Pedro, São João Paulo II, com sua autoridade apostólica, declarou Beato o Venerável Servo de Deus Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de setembro a data da sua festa litúrgica.

Para a canonização, a Postulação apresentou ao competente Dicastério o restabelecimento do pequeno Matteo Pio Collela, de São Giovanni Rotondo. No dia 20 de dezembro, na presença do Papa João Paulo II, foi promulgado o decreto sobre o milagre; no dia 26 de fevereiro de 2002, foi publicado o decreto sobre a sua canonização.


Fonte: Vatican News

Acidigital


Reze a oração de São Padre Pio de Pietrelcina


Fica comigo, Senhor!


Fica Senhor comigo, pois preciso da Tua presença para não te esquecer.

Sabes quão facilmente posso te abandonar.

Fica Senhor comigo, porque sou fraco e preciso da Tua força para não cair.

Fica Senhor comigo, porque és minha vida, e sem Ti perco o fervor.

Fica Senhor comigo, porque és minha luz, e sem Ti reina a escuridão.

Fica Senhor comigo, para me mostrar Tua vontade.

Fica Senhor comigo, para que ouça Tua voz e te siga.

Fica Senhor comigo, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.

Fica Senhor comigo, se queres que te seja fiel.

Fica Senhor comigo, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para Ti, um ninho de amor.

Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam.

Preciso de Ti para renovar minhas energias e não parar no caminho. Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas.

Oh, quanto preciso de Ti, meu Jesus, nesta noite de exílio!

Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de Ti.

Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.

Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a Ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor!

Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não às mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim eu te suplico!

Fica Senhor comigo, pois é só a Ti que procuro o Teu amor, a Tua graça, a Tua vontade, o Teu coração, o Teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais.

Como este amor resoluto, desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. Assim seja.

São Padre Pio, rogai por nós!

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